sábado, 12 de novembro de 2011

Estandarte vermelho: um convite de leitura

Convido você a adentrar o território selvagem da poesia de José Inácio Vieira de Melo. Mas, vá preparado, companheiro, porque é o próprio poeta quem diz assim: “Minhas palavras ardem a forjar/ estas flores que canto por prazer/ e que dão febre e fazem delirar.” Pensemos assim: antes de abrir as primeiras páginas ou ouvir os primeiros versos, você será um rio calmo e de pequena correnteza. De repente, escuta um estrondo: é a poesia de JIVM irrompendo rio abaixo. Como uma cabeça d’água, ela vem rolando pedras, arrancando cercas, algarobeiras e mandacarus. É o Centauro Escarlate trazendo mulheres, e sereias, e éguas, e rosas, e pássaros, e bois, e cavalos... e vaqueiros. Quando tudo passar, espere que as águas assentarão, mas você estará diferente, como se ainda corresse pelo Sertão e, ao mesmo tempo, se avizinhasse das terras do oriente, enquanto  escuta um aboio ou um cântico longínquos.

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